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Planejamento sucessório será prioridade estratégica em 2026; saiba o que empresas devem observar nos planos de sucessão

17 de dezembro de 2025
Contábeis

Em um cenário de volatilidade econômica, maior rigor regulatório e crescente complexidade patrimonial, o planejamento sucessório deve se tornar uma das principais pautas estratégicas das empresas em 2026. 

A avaliação é de Silvinei Toffanin, fundador, sócio e CEO da Direto Group - consultoria de wealth management com quase 30 anos de mercado. O especialista destaca que o próximo ciclo econômico exigirá uma abordagem integrada entre governança, finanças, gestão societária e eficiência tributária das organizações.

Segundo o especialista, a ausência de um plano sucessório robusto é, hoje, um dos maiores pontos de vulnerabilidade das empresas brasileiras, especialmente daquelas de controle familiar. “As mudanças geracionais que ocorrerão entre 2025 e 2030 representam o maior movimento de transferência de comando e patrimônio da história recente do país. Empresas sem sucessão definida correm risco imediato de perda de valor, conflitos societários e descontinuidade operacional”, explica.

De acordo com Toffanin, algumas pesquisas recentes que evidenciam a fragilidade da preparação sucessória no Brasil. Dados apontam que empresas familiares representam 90% dos negócios no país, são responsáveis por 65% do PIB e empregam 75% da força de trabalho privada. Apesar disso, 72,4% das empresas não possuem plano de sucessão formalizado para sócios ou líderes-chave, apenas 30% das organizações familiares sobrevivem à primeira sucessão; entre 3% e 12% chegam à terceira geração. 

Além disso, o movimento de profissionalização ainda é baixo. A maioria das transições ainda se baseia exclusivamente em critérios familiares e não técnicos.

“Esses números explicitam um problema estrutural no mercado brasileiro. É preciso compreender que os planos de sucessão tratam sobre continuidade. Esse é um instrumento de preservação de valor e blindagem patrimonial, que precisa ser tratado como um pilar de governança, e não como tabu familiar”, defende o CEO da Direto Group.

O especialista identifica, ainda, um conjunto de movimentos que devem orientar o planejamento sucessório no país a partir do próximo ano. Para começar, a recomendação envolve a integração entre sucessão, governança e gestão de patrimônio, visto que o processo cria um ecossistema que envolve holding familiar, acordo de sócios, governança, protocolos familiares, compliance e estratégia fiscal. Toffanin também aponta para a profissionalização da gestão, com a adoção crescente de executivos externos para equilibrar tradição e profissionalismo. Neste caso, conselhos consultivos e de administração devem ganhar protagonismo e o mérito técnico substitui critério exclusivamente familiar.

Outro ponto destacado tem relação com a preparação antecipada de sucessores. Treinamento, programas de liderança, imersão na cultura empresarial e acompanhamento profissional são parte das práticas para uma transição bem-sucedida. Em paralelo, é fundamental adotar estratégias de blindagem patrimonial e eficiência tributária. “A sucessão planejada reduz significativamente custos tributários e evita disputas judiciais longas e caras”, afirma. Também é essencial trabalhar a comunicação transparente com familiares, sócios e lideranças, visto que conflitos geralmente surgem pela falta de diálogo.

Levando em consideração a visão integrada de wealth management e gestão, Toffanin 

aponta como principais elementos que empresas devem observar nos planos de sucessão:

- Formalização imediata de acordos societários e protocolos de família;

- Mapeamento de riscos operacionais e patrimoniais ligados à sucessão;

- Definição técnica do sucessor e plano de desenvolvimento real;

- Avaliação tributária completa da estrutura societária atual;

- Criação de mecanismos de liquidez para eventos imprevistos;

- Profissionalização de conselhos e gestão executiva;

- Separação rigorosa entre patrimônio familiar e patrimônio empresarial.

“Planejar sucessão não significa abrir mão do comando; significa garantir que o legado sobreviva às próximas décadas. Sem isso, a empresa fica exposta a riscos que poderiam ser evitados com organização e técnica. Como uma nova onda de transição geracional - a maior já registrada no país - deve ocorrer nos próximos 5 anos. Por isso, é essencial que o planejamento e a organização tenham início”, alerta o especialista, que acredita que 2026 será o ano da maturidade sucessória no Brasil.

Para o especialista, as empresas que tratarem a sucessão como estratégia — e não como urgência — estarão entre as que se consolidarão como protagonistas do próximo ciclo econômico do país. Já aquelas que negligenciarem o tema estarão vulneráveis a conflitos societários, impactos financeiros severos e perda de valor institucional.

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